quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Depois de mais de três anos preso, o ex-deputado João Rosa passará 7 dias fora da prisão

Amanhã, dia 25, o ex-deputado e delegado de polícia aposentado João de Oliveira Rosa, deixa o cárcere pela primeira vez desde que foi preso. O beneficio foi concedido pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Joinville, Silvio José Franco. Trata-se de uma saída temporária em que João Rosa terá sete dias para visitar a família, devendo retornar ao 8º Batalhão da Polícia Militar (8ª BPM), no próximo dia 2 de outubro, às 11 horas. Preso em cela especial, desde maio de 2006, João Rosa, até o dia 24 de março desse ano, cumpria pena em regime fechado, ou seja, confinado em uma cela. Depois dessa data, o ex-deputado passou a ter a liberdade de se locomover dentro das dependências do 8ª BPM, o chamado regime semi-aberto.

Condenado a 16 anos e oito meses de prisão.


João Rosa foi condenado a 16 anos e 8 meses de prisão por desviar recursos públicos direcionados a entidades sociais pelo Executivo Estadual indicadas por meio de emendas parlamentares ao Orçamento do Estado. A operação foi conhecida na época como "Show do Milhão", em alusão ao valor que supostamente cada Deputado Estadual teria direito a apresentar como emenda ao Orçamento. O Ministério Público Estadual (MPE) apurou que as entidades indicadas por Rosa para o recebimento das verbas nunca existiram.

330 mil desviados


Na condição de Deputado Estadual, Rosa também obteve vantagens indevidas de Liane Laffin Souza, sua assessora na Assembléia Legislativa, que foi forçada a receber ilegalmente valores originariamente provenientes do Tesouro do Estado. Além de usar a funcionária, Rosa contou com o apoio de sua mulher, a co-denunciada Ivani dos Santos Rosa, e de seu filho, o co-denunciado Israel Hamon dos Santos Rosa, para iludir diversas pessoas e utilizá-las também como "laranjas", como fez com suas próprias empregadas domésticas.

A denúncia ajuizada pelo promotor Assis Kretzer, relatou que, entre 1999 e 2001, o ex-Deputado manejou o recebimento de recursos públicos através de duas associações "fantasmas", a Associação Boa Vista de Rádio Difusão Comunitária e a Associação Joinvilense de Apoio à Comunidade. As duas captaram, no período citado, R$ 330 mil junto à Secretaria de Estado da Fazenda, dinheiro que foi aplicado sem destinação social alguma, mas sim em prol dos interesses particulares do político.

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