terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Editor da Folha diz que jornal mantém Sarney porque colunista não pode ser ignorado

Diante de questionamentos de leitores, o editor-chefe da Folha de S.Paulo, Sérgio Dávila, respondeu por que o jornal mantém o presidente do Senado, José Sarney, como um de seus colunistas, já que o político é alvo de várias denúncias e polêmicas.


“José Sarney foi o primeiro presidente civil brasileiro a exercer a função no pós-ditadura militar, além de ser o atual presidente do Senado. Pode-se discordar do que ele escreve e até de sua atuação política, mas não se pode ignorá-lo”, disse à coluna da Ombudsman, Suzana Singer, neste domingo (19/12).

Ao todo, a Folha mantém 83 colunistas. De acordo com Dávila, o jornal investe na equipe para se diferenciar dos demais veículos e ter mais variedade de informação. “Numa época em que a informação "commodity" -que todo o mundo tem igual- ainda responde por boa parte do que sai nos jornais, a Folha procura se diferenciar pela variedade e qualidade de seu colunismo”.

O editor-executivo também respondeu se a coluna de Luiz Felipe Pondé, que recentemente disse detestar “aeroportos e classes sociais recém-chegadas a aeroportos”, não seria preconceituosa. “Imagino que o leitor de colunas como a do Pondé espera ser provocado e tirado de sua zona de conforto intelectual. Vozes dissonantes do pensamento politicamente correto também são bem-vindas”, afirmou.

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sábado, 18 de dezembro de 2010

Ditabranda: Folha se livra de indenizar leitor que pedia que jornal se desculpasse “de joelhos”

A 6ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo negou pedido de indenização do professor de Direito e advogado Fábio Konder Comparato contra o jornal Folha de S.Paulo. O advogado se indignou com o editorial “Limites a Chávez”, que dizia que a ditadura no Brasil foi uma “ditabranda”, e atacou o jornal. Em resposta, a Folha também criticou Comparato.


“De joelhos”

Em carta publicada no Painel dos Leitores, o advogado dizia que o editorial era “vergonhoso” e o autor e o revisor do texto, publicado em 17 de fevereiro de 2009, “deveriam ser condenados a ficar de joelhos em praça pública e pedir perdão ao povo brasileiro”.

“Democrata de fachada”

Após a crítica, a Folha respondeu com uma nota da Redação, alegando que respeitava a opinião dos leitores, mas que Comparato não expressava repúdio a ditaduras de esquerda e por isso sua “indignação” era “cínica e mentirosa”. Em outros artigos, o veículo afirmou que o advogado era um “democrata de fachada”.

Ofendido com a acusação de cinismo e mentira, o advogado entrou na Justiça pedindo indenização por danos morais. Para Comparato, o jornal deveria ter acionado a Justiça e não usado o jornal para fazer acusações.

Justiça diz que troca de ofensas foi proporcional

Para a juíza Alessandra Laskowski, da 21ª Vara Cível de São Paulo, embora a Folha tenha usado termos pejorativos para responder o leitor, foi o advogado que deu início às agressões pessoais, ao discordar do editorial.

"É evidente o excesso do autor ao expressar sua discordância com o conteúdo do editorial. O autor não respeitou a liberdade de pensamento, sendo que em sua carta resposta não se limitou a expressar sua opinião sobre a ditadura, mas também apresentou sugestão de humilhação ao réu.

O desembargador Paulo Alcides Amaral Salles defendeu que a reação da Folha à crítica do advogado foi proporcional, por este motivo não há motivos para indenização.

Na época, o polêmico editorial foi fortemente criticado, tanto que um grupo de cerca de 300 pessoas chegou a fazer protesto em frente à sede do jornal.

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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

WikiLeaks: Dados são exclusividade da Folha e O Globo, mas site não interfere na publicação






As informações vazadas pelo Wikileaks são repercutidas diariamente pela imprensa mundial, no entanto somente sete veículos possuem acesso exclusivo aos arquivos secretos. Entre eles estão os jornais Folha de S. Paulo e O Globo, responsáveis pela checagem e publicação de informações contidas em três mil documentos confidenciais que abordam o Brasil. Os jornais têm autonomia para escolher, dentre todos os dados, o que deve ou não ser publicado.

Além dos periódicos nacionais, a jornalista da revista Carta Capital Natalia Viana, uma das colaboradoras do site Wikileaks, também tem acesso aos telegramas. Quanto à imprensa, ela garante. “Tudo relativo ao Brasil está com a Folha e Globo”, disse Natalia, em debate realizado na noite desta quarta-feira (15/12). Segundo a repórter, o jornal O Globo, por exemplo, montou uma equipe para apurar todos os documentos.

De acordo com ela, o Wikileaks não interfere nas publicações de Folha e Globo e cabe aos veículos escolherem o que deve ser divulgado. "O Wikileaks não irá julgar o tratamento dado pela Folha, cabe ao jornal decidir o que ele quer soltar”. No mundo, a parceria entre o site de Julian Assange e a imprensa é formada por The New York Times (Estados Unidos), The Guardian (Reino Unido), Le Monde (França), El Pais (Espanha) e pela revista Der Spiegel (Alemanha).

Estima-se que todos os documentos, cerca de 250 mil, serão disponibilizados para os internautas em janeiro do ano que vem. No olho do furacão, como a própria Natalia Viana, define seu atual momento, ela diz que tem sofrido pressão de diversos veículos que estão em busca do furo de reportagem, mas que “pouca gente está olhando o material” disponível no site.

O que os documentos falam sobre o Brasil
Dona de um blog pela revista Carta Capital que aborda o assunto, Natalia disse que os documentos são muito saborosos de ler. “Contam a história inteirinha do governo Lula na visão da diplomacia americana”, diz. Em um dos seus primeiros posts, os telegramas revelavam o que embaixadores dos EUA pensavam de Lula e sua cúpula de ministros, definindo Aloizio Mercadante, por exemplo, como “radical”.

Renan Justi - Comunique-se

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

PEC 33/09 pode ser votada no Senado neste final de ano



Entidades apoiadoras da Campanha em Defesa do Diploma desenvolvem nova ofensiva para buscar garantir a aprovação do substitutivo à Proposta de Emenda Constitucional 33/09 – a PEC do Diploma – ainda este ano. A FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas intensificam contato com parlamentares para que a matéria vá a voto na próxima semana, tendo em vista a previsão de que haverá quorum no plenário do Senado.

As últimas sessões do Senado em 2010 ocorrerão entre os dias 7 e 9 de dezembro. Como a um apelo do governo para a votação de matérias consideradas prioritárias, a previsão é de que haverá grande quorum. Entre os dias 7 e 9 de dezembro, ocorrem as últimas sessões do Senado. “Como tramita em regime especial, a PEC do diploma está na pauta permanentemente e é possível que nestas sessões se alcance o quórum necessário para a votação e aprovação”, explica o presidente da FENAJ, Celso Schröder.

Em comunicado às direções dos Sindicatos e entidades apoiadoras da proposta de reinstituição do diploma como requisito para o exercício da profissão de Jornalista, a direção da FENAJ e a Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma solicitaram a intensificação dos contatos com os parlamentares nos estados para garantir o apoio e voto dos parlamentares. Para que a PEC dos Jornalistas seja aprovada em primeiro turno é preciso um quorum de 65 senadores presentes em plenário e o voto favorável de 49 deles.

Dirigentes da FENAJ e dos sindicatos de Jornalistas estarão em Brasília na semana em que ocorrem as últimas sessões do Senado para ampliar o diálogo com os parlamentares e acompanhar as votações.

Brasil Econômico defende Ongoing e diz que Folha e O Globo temem concorrência


Em editorial publicado nesta quinta-feira (2/12), o diretor de Redação do jornal Brasil Econômico, Ricardo Galuppo, defendeu o Grupo Ongoing e a Eseja, responsável por sua publicação e a dos jornais O Dia, Meia Hora e Marca. Na edição de ontem (01/12), a Folha de S.Paulo noticiou a investigação do Ministério Público Federal contra a Ongoing. A matéria também dizia que o grupo teria chegado ao Brasil com o apoio de petistas e que a empresa portuguesa havia comprado 49% do jornal Alô Brasília.

Galuppo enfatizou que a queixa que deu origem à investigação partiu da Associação Nacional de Jornais (ANJ), cuja presidente, Judith Brito, trabalha na Folha. Ele também afirmou que a empresa teme concorrência do grupo português Ongoing.

“Talvez para não deixar nas mãos das Organizações Globo (empresa a cujos interesses a ANJ está subordinada) o papel exclusivo de tentar impedir que um novo concorrente se consolide no mercado, a Folha de S. Paulo publicou ontem uma extensa reportagem sobre o grupo português Ongoing (dono de 30% da Ejesa) e seus negócios no Brasil”.

O jornalista também afirmou que a Folha e a Globo temem que seu jornal de finanças, o Valor Econômico, perca espaço para o do Grupo Ongoing, e criticou fortemente o jornal.

”São tantas mentiras, tantas tolices e tantas baboseiras distribuídas por uma página e meia do jornal que seria enfadonho responder a cada uma delas. A mais gritante diz respeito à suposta compra, no Distrito Federal, de um jornal chamado Alô Brasília”.

Galuppo ironizou e voltou a criticar a Folha. “O ataque da Folha de S. Paulo não causa espanto. Esperar que aquele diário pratique jornalismo sério é o mesmo que imaginar a hipótese de a torcida do Palmeiras vibrar com uma eventual conquista do título brasileiro pelo Corinthians. Não há possibilidade de isso acontecer”.

Para finalizar, o diretor de Redação ainda citou supostos casos da ditadura e acusou o jornal de ter sido conivente com o regime.

O Grupo Ongoing é alvo de uma investigação a pedido da ANJ. Segundo a entidade, a empresa usaria artifícios para burlar a Constituição, que limita a 30% a participação de capital estrangeiro nas empresas de comunicação brasileiras.

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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ongoing diz que matéria da Folha está “repleta de falsidades”

O grupo português Ongoing, detentor de ações na Ejesa - empresa que edita os jornais Brasil Econômico, O Dia, Meia Hora e Marca - contestou a queixa da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a matéria publicada nesta quarta-feira (01/12) na Folha de S. Paulo, que aborda a investigação do Ministério Público Federal e também faz outras denúncias contra a empresa. Segundo o Ongoing, a matéria apresenta “falsidades”.


A empresa é investigada porque, segundo a ANJ, estaria usando artifícios para ocultar que o controle econômico e editorial dos veículos estaria nas mãos da companhia portuguesa, o que é proibido no Brasil, já que nos veículos de comunicação do País a linha editorial deve ser dirigida por brasileiros e a participação de capital estrangeiro não pode exceder 30% do valor da empresa.

“Trata-se de uma clara tentativa de condicionar o poder judicial a favor de uma queixa que não tem qualquer fundamento”, declarou o diretor de comunicação do Grupo Ongoing, Ricardo Santos Ferreira.

Ricardo ainda afirmou que a matéria da Folha não condiz com a verdade e que o caso já foi entregue aos advogados da empresa. “A matéria está repleta de falsidades e o caso está entregue a nossos advogados. Obviamente, o Grupo Ongoing cumpre integralmente a legislação”.

Suposto respaldo político

Além de noticiar a investigação do MPF, a reportagem da Folha dizia que a chegada do Ongoing no Brasil teria sido motivada por petistas, que para criar uma rede de comunicação alinhada ao governo, que diminuísse o poder dos grandes grupos de mídia brasileiros.

Segundo o jornal, o principal responsável pelas negociações entre o grupo e o governo seria o ex-ministro e ex-deputado federal José Dirceu, colunista do Brasil Econômico.

Izabela Vasconcelos

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Em prol dos animais



“Você tem que se tratar”, diz Lula irritado com pergunta de repórter do Estadão


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se irritou com a pergunta do repórter Leonencio Nossa, do jornal O Estado de S.Paulo, enquanto participava do fechamento simbólico da primeira de 14 comportas da Usina Hidrelétrica Estreito, no Maranhão, nesta terça-feira (30/11). Questionado se sua visita ao Maranhão seria um agradecimento à "oligarquia Sarney" nos oito anos de seu governo, Lula respondeu que a pergunta era preconceituosa e disse que o repórter deveria “se tratar”.


"Uma pergunta preconceituosa como esta é grave, para quem está oito anos cobrindo Brasília. Demonstra que você não evoluiu nada. É uma doença. O Sarney colaborou muito para a institucionalidade. Eu não sei por que o preconceito. Você tem de se tratar. Quem sabe fazer psicanálise, para diminuir um pouco esse preconceito", respondeu o presidente.

Logo, a governadora Roseana Sarney interferiu."É preconceito contra a mulher. Eu fui eleita governadora do Maranhão para tomar conta do povo." Lula completou. "Sarney não é o meu presidente. Ele é o seu presidente do Senado, ele é o presidente do Senado deste País. Eu lamento que não tenha tido evolução (da imprensa)."

O presidente disse que os políticos eleitos devem ser respeitados."Se você tiver que fazer algum protesto você vai para o Amapá, porque foi lá que o povo elegeu Sarney. E vai para São Paulo, porque o povo elegeu Tiririca. Na medida que a pessoa é eleita e toma posse, ela passa a ser uma instituição e tem que ser respeitada", afirmou.

Comunique-se com
informações do Estadao.com.br

É Lula! Tem que respeitar




domingo, 14 de novembro de 2010

Projeto "Nossa Banda" retoma concertos na comunidade



Depois de se apresentar no Festival de Fanfarras no sábado e na Festa das Flores neste domingo (14) a Banda do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville dará sequência ao projeto "Nossa Banda" nos dias 19 e 27.

Na sexta-feira, dia 19, a apresentação ocorre na EM Professor Osvaldo Cabral (10h) e na EM Professor João Bernardino (15h); no dia 27, a banda estará na Sociedade Esportiva e Recreativa Tigre, às 11 horas.
O projeto “Nossa Banda” tem o apoio do Instituto Carlos Roberto Hansen e o patrocínio da Tigre e Ministério da Cultura via Lei de Incentivo à Cultura.

Sobre a Banda

A Banda do Corpo de Bombeiros surgiu em 2004 com o objetivo de desenvolver uma série de atividades sócio-educativas e de apresentações em solenidades.O projeto envolve 120 integrantes organizados na em grupos de instrumentistas em duas formações (mirim e adulta), escola de banda e um corpo coreográfico.

Dentre as atividades realizadas pelo conjunto musical estão os projetos “Banda nos Bairros” e “Nossa Banda”.A banda se insere nas ações de responsabilidade social mantidas pela corporação fundada em 13 de julho de 1982 e a mais antiga do Brasil no gênero.

Ao lado dos bombeiros mirins, despertando em crianças e adolescentes o sentimento de solidariedade, cidadania e ajuda ao próximo, e da preservação da memória com o Museu Nacional do Bombeiro instalado em anexo a unidade central na rua Jaguaruna, a Banda atua na formação de músicos.
Em maio de 2010, oficializou-se a instalação do Ponto de Cultura, projeto do governo federal que liberou recursos aplicados na formação de crianças e adolescentes por meio de atividades artísticas que estimulem o crescimento cultural e a cidadania.

Iniciativa do Ministério da Cultura em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura, o Ponto de Cultura é uma ação de desenvolvimento social que acontece em todo o Brasil.
O regente da Banda, maestro Voldis Eleazar Sprogis, explica que a proposta é ensinar música e repassar orientações sobre a atividade dos bombeiros. Lembra que o trabalho dos bombeiros sempre está identificado com momentos de tristeza, no combate ao fogo e nos resgates a acidentes de trânsito e em outras ocorrências.

“Com a música, mostramos o outro lado, da cultura, do entretenimento e da possibilidade de valorização da arte”, assinala.

Ronaldo Correa
Texto Livre

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Continua o comodismo na busca por informações. As fontes oficiais prevalecem

Incrível como a imprensa de Santa Catarina prefere a comodidade das informações oriundas de fontes oficiais. O mais recente exemplo é caso do bebê de apenas 9 meses, socorrido na Estrada Geral de Itapocú, em Araquari, na tarde de terça-feira (2).

Em um primeiro momento, a versão divulgada foi de um acidente doméstico. De acordo com o jornal A Notícia, a criança entrou em convulsão ao se sufocar com um biscoito. Enquanto era atendida pelo corpo de bombeiros da região, a menina já estava com um quadro clínico bastante grave, inclusive com parada cardíaca. Depois de reanimada, o bebê foi encaminhado pelo helicóptero da Polícia Militar para o Hospital Infantil de Joinville, onde foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave.

Porém, no dia 3, o jornal já ventilava a possibilidade de a criança ter se afogado com uma pedra de crack, já que os pais são usuários da droga. O mesmo jornal dava conta que a mãe e o pai da criança seriam ouvidos pelo delegado de Araquari. Um exame foi anunciado para se comprovar a tese baseada no relato de “pessoas que frequentavam a casa”.

No dia 4, também no jornal A Notícia, havia uma declaração do diretor clínico do hospital, Arthur Wendhausen que informava. “O que tinha, visivelmente, eram restos alimentares”.

Entretanto, na manhã de segunda-feira (8), o delegado Raphael Werling de Oliveira divulgou o esperado laudo que confirmou a presença da droga na urina da criança. Conforme o delegado, os pais devem ser indiciados.

Percebe-se nesse caso, que a declaração do diretor do hospital perdeu a importância para os veículos de comunicação de Joinville, pois o mesmo, não foi mais questionado sobre a percepção dos médicos no atendimento emergencial.

Em relação à alegada presença da droga na urina da criança, uma rápida consulta com um médico se poderá verificar que a droga pode passa para o organismo da criança pelo ato da amamentação. O caso promete outros desdobramentos já que existe um médico legista em Joinville contestando o laudo apresentado.

A única situação certa e inaceitável nesse episódio, é o fato de os órgãos competentes permitirem que uma criança de 9 meses permanecesse sob os cuidados de um casal dependente de uma droga tão devastadora.

Não se pode submeter pessoas ainda na condição de suspeitos a um julgamento midiático sem direito ao contraditório. Outras fontes se fazem necessárias, outros conhecimentos divergentes dos oficiais são imprescindíveis na busca pela verdade.

Tropa de Elite II





Faltam menos de 400 mil espectadores para 'Tropa' ultrapassar 'Avatar'

Ainda em cartaz em 661 cinemas de todo o país, "Tropa de elite 2", pela quinta semana consecutiva, foi o filme que atraiu maior número de espectadores no último fim de semana no Brasil. Com 435.221 espectadores entre sexta-feira e domingo, o filme de José Padilha já totalizou 8.721.000 espectadores. O único filme que este ano conseguiu um público maior foi "Avatar" com 9.108.400 espectadores. Até o fim da semana, "Tropa" deve ultrapassar "Avatar". Os dados são do site Filme B.

Fonte: Blog do XeXéo

São Francisco do Sul na rota dos cruzeiros marítimos


Reabertura Verão - California

Enem: Jornal mantém identidade de repórter em sigilo e diz que responderá em caso de ação

A identidade do repórter do Jornal do Commercio, que divulgou o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), continua em sigilo. Procurada pela reportagem, a direção do jornal diz que prefere não revelar o nome do jornalista. O repórter, que fez o exame e enviou ao veículo o tema da redação, pode ser processado pelo MEC, que alega que o profissional "cometeu ato ilícito ao atentar contra as regras do certame".

A editora-chefe do site do Jornal do Commercio, Benira Maia Barros, disse que o veículo não recebeu nenhuma notificação da Polícia Federal ou do MEC. No entanto, Benira disse que caso sejam notificados de algum processo, a ação será encarada pelo Jornal do Commercio, preservando a identidade do repórter. A editora alegou que não era a intenção do jornal divulgar o tema da redação, mas que o caso "serviu para comprovar a fragilidade do sistema da organização”.

No último domingo (7/11), já no local da prova, o repórter foi ao banheiro e usou o celular para enviar o tema da redação aos colegas do jornal, que divulgaram a informação. Segundo o MEC, divulgar o conteúdo do Enem dentro do local da avaliação e antes do horário permitido para a saída é um ato ilegal.

Na tarde desta segunda-feira (08/11), devido a outros problemas como erros de impressão, a Justiça Federal do Ceará suspendeu a prova por meio de liminar. A decisão tem efeito em todo o Brasil, mas cabe recurso.

Polêmicas do Enem

Não é a primeira vez que o Enem causa polêmica. No ano passado, um furo de repórteres do Estadão adiou a prova em 45 dias. Os jornalistas Sérgio Pompeu e Renata Cafardo descobriram que a íntegra da prova havia vazado da gráfica e estava sendo negociada em R$ 500 mil.

Fonte: Comunique-se (Anderson Scardoelli e Izabela Vasconcelos)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

EXCLUSIVO - Viatura da Conurb com licenciamento atrasado era utilizada para multar




ROGÉRIO GIESSEL
rogério@gazetadejoinville.com.br

Como um deboche, a Companhia de Desenvolvimento e Urbanização de Joinville (Conurb), vergonhosamente não cumpre aquilo que cobra dos motoristas joinvilenses. Suas questionáveis blitzes têm sido implacáveis com motoristas que transitam com o licenciamento vencido, no entanto, a própria Conurb circulava com veículo irregular. Escandalosamente, a viatura em questão era usada pelos agentes de trânsito para multar.

Na manhã de quinta-feira (4), por volta das 11h40, na avenida Aluisio Pires Condeixa, em frente ao número 3055, no Saguaçu, o Corsa, placas MBY 9318, de propriedade do Fundo de Desenvolvimento e Urbanização de Joinville, com adesivos da Conurb e dotado de um pomposo giroflex, era utilizado por dois agentes que sorrateiramente escondidos atrás de uma árvore tentavam flagrar motoristas acima da velocidade com um radar móvel.



Uma consulta ao sistema do Departamento Estadual de Trânsito, feita no mesmo dia, às 14h49, revelou que o veículo usado pela Conurb foi licenciado pela última vez no dia 27 de agosto de 2009, ou seja, desde o dia 31 de outubro o carro trafega sem o devido licenciamento. Mas, o OCR, equipamento que faz a leitura de placas e que é utilizado pela Conurb para detectar carros com a documentação irregular, “coincidentemente” não acusara a irregularidade no carro da oficial.



Foto tirada na manhã de ontem (quinta-feira, 4), as 11h50

Como se não bastasse, o prontuário do veículo de quem deveria dar o exemplo, ainda registra duas multas. A primeira é do dia 16 de setembro de 2003, por excesso de velocidade, a qual, estava em processo de recurso e que foi indeferido em 9 de julho de 2004. A outra, de 4 de fevereiro desse ano, é devido ao condutor estar dirigindo com apenas umas das mãos, no Km 41 da rodovia federal BR 101.



O importante é multar

Os dois agentes flagrados com o carro irregular também serviu para denunciar o descaso da Conurb com a infraestrutura viária de Joinville. Enquanto multavam os carros, uma placa de sinalização localizada ao lado dos agentes e que deveria estar indicando uma perigosa curva à 50 metros do local, ostentava um velho adesivo de uma antiga campanha eleitoral.
Pelo péssimo estado da placa, o descaso com a sinalização já tem algum tempo. Apesar dos dois anos da administração do PT, é provável que a desculpa pela placa inelegível seja atribuída a “gestão anterior”.

Ainda mais grave, foi a constatada prioridade dos agentes da Conurb. A cerca de 20 metros do local, na rua D. Francisca, paralela a rua onde estava a dupla de agentes de trânsito, alunos de um colégio particular arriscavam a vida para atravessar a rua disputando espaço com o intenso movimento de veículos.

No mesmo horário, na rua Max Colin, em frente ao ginásio Ivan Rodrigues, outra blitz da Conurb abarrotava o caminhão cegonha da empresa Guincho Truck com veículos em situação semelhante ao Corsa da companhia. Por sinal, a Ghincho Truck, que faz a remoção dos automóveis apreendidos também tem sido alvos de constantes reclamações devido a pratica de exorbitantes preços.





O que diz a Conurb

Questionado sobre a absurda situação envolvendo a viatura da Conurb, o diretor de vigilância e trânsito, Lourival de Souza, informou que a coordenadora de gestão de pessoas e patrimônio, Daniela Cristina Martins Henschel é que explicaria a infração cometida pela Conurb.

Entretanto, a Gazeta de Joinville tentou insistentemente contato com Daniela em seu telefone celular, mas, ela não atendeu as chamadas.

Mais tarde, às 17h15, Lourival ligou para a redação alegando que o licenciamento estava em dia, e que a única irregularidade constatada era a de os agentes não estarem com os documentos de porte obrigatório. “O licenciamento foi pago no dia 18 de outubro e o documento foi pego somente hoje”, afirmou.

Mas, o fato é que o licenciamento do veículo referente ao ano 2010, passou a constar no sistema do Detran apenas às 17 horas, depois que a Conurb foi questionada sobre a irregularidade pela Gazeta de Joinville, ou seja, até aquele horário a viatura estaria sim trafegando em situação irregular como constava na consulta consolidada de veículos do sistema Detrannet.
Sobre as multas, o diretor disse que a referente ao excesso de velocidade foi paga em 25 de agosto de 2004, e a outra, aplicada por uma policial rodoviária federal, está em fase de recurso. Isso mesmo, ironicamente a Conurb também recorre das multas.










terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dilma não é Lula

Esse é o Lula



Essa é a Dilma

Polícia Federal indicia jornalista por 4 crimes no caso de quebra de sigilo

O jornalista Amaury Ribeiro Jr. foi indiciado pela Polícia Federal, nesta segunda-feira (25/10), por violação de sigilo fiscal, corrupção ativa, uso de documentos falsos e por dar ou oferecer dinheiro ou vantagem à testemunha. O jornalista afirmou na última semana que investigava dados dos tucanos. Segundo a PF, o jornalista encomendou os documentos para quebra do sigilo da filha e do genro do presidenciável José Serra (PSDB), além de outros tucanos.

O depoimento de Ribeiro Jr. à PF durou mais de cinco horas. A Polícia Federal ainda pretende descobrir a fonte dos R$ 12 mil entregues a um despachante para obter os dados para a quebra do sigilo.

O jornalista, que já atuou no jornal Estado de Minas, alegou que investigava os tucanos porque aliados de Serra teriam a intenção de “devassar” a campanha interna de Aécio Neves (PSDB) à presidência da República.

O jornalista disse ainda que foi convidado para integrar a “equipe de inteligência” da campanha de Dilma Rousseff (PT), no entanto nega que tenha aceitado o convite e alega que um integrante do PT violou seu computador para acessar os dados dos tucanos. Tanto PT, como PSDB, negaram envolvimento no caso.

As informações são do Estadao.com

sábado, 23 de outubro de 2010

Engenheiros do Hawaii

Repórter do SBT contesta uso indevido de imagens de agressão a Serra

O repórter do SBT Marco Alvarenga criticou o uso das imagens de uma agressão ao presidenciável José Serra (PSDB), gravadas pela emissora, na propaganda eleitoral da candidata Dilma Rousseff (PT). O repórter disse que ficou “profundamente transtornado” com o uso de sua voz e reportagem no programa da petista, exibida nesta quinta-feira (21/10).

“Não aceito, por mais insignificante que seja, qualquer associação do meu trabalho a esta disputa subterrânea. Minha voz só a mim pertence”, declarou Alvarenga.

As imagens mostram o momento em que Serra foi atingido na cabeça por um objeto que parece uma bola de papel. O presidenciável disse que se sentiu mal e passou por uma tomografia após o incidente. A reação do candidato foi criticada por petistas, que consideraram a gravidade da agressão uma farsa.

Segundo o jornalista, o SBT já acionou seu departamento jurídico para adotar as medidas necessárias pelo uso indevido das imagens.

O PT ainda não se pronunciou sobre o caso.

Leia a íntegra da nota do repórter Marco Alvarenga:

Colegas do SBT e de profissão

Fiquei profundamente transtornado ao ver e ouvir no programa eleitoral da candidata Dilma Roussef um trecho da reportagem que gravei sobre a agressão sofrida pelo candidato José Serra no Rio.

Em toda minha carreira profissional, NUNCA participei direta ou indiretamente de qualquer campanha eleitoral. JAMAIS servi a candidaturas, e desejo continuar assim. Não aceito, por mais insignificante que seja, qualquer associação do meu trabalho a esta disputa subterrânea. Minha voz só a mim pertence.

Em nenhum momento na matéria afirmo que o objeto que aparece nas imagens foi o único a atingir José Serra durante a confusão, muito menos ter sido o causador da dor manifestada pelo candidato. Perguntei a 2 assessores do PSDB se haviam visto o quê atingira Serra. Eles responderam negativamente.Tentei, por meio de assessoria, ouvir o candidado. Ele preferiu falar apenas à TV Globo.

Fui informado de que a direção de jornalismo do SBT não autorizou a veiculação e , prontamente, acionou o departamento jurídico para adotar as providências necessárias. Isto me alivia. Fosse outra a postura, não me sentiria mais em condições de continuar nesta casa.

Marco Alvarenga

Izabela Vasconcelos (Comunique-se)



sexta-feira, 22 de outubro de 2010

"a senhora (Dilma) Rousseff não é Lula. Ela não tem os seus extraordinários dons políticos e talvez nem seu pragmatismo inato".

Em edição publicada nesta quinta-feira, a revista britânica "The Economist" afirma que, após passar os últimos oito anos sob uma gestão petista, o Brasil "se beneficiaria de uma mudança no topo", dizendo que o PT dá sinais de "ter ficado muito confortável no poder".

A revista enumera outros motivos pelos quais o eleitor brasileiro deveria optar pelo candidato José Serra (PSDB), no segundo turno da eleição presidencial: "a senhora (Dilma) Rousseff não é Lula. Ela não tem os seus extraordinários dons políticos e talvez nem seu pragmatismo inato".

Também diz que Serra, "embora fraco na campanha, foi um eficiente ministro, prefeito e governador".

Embora afirme em outro texto que uma virada de Serra a esta altura seria equivalente a "dar um cavalo-de-pau num caminhão de dez toneladas". "The Economist" diz que o "Brasil agora tem uma opção".

Segundo a publicação, tanto Dilma quanto Serra podem ser descritos como social-democratas, e "ambos concordam em questões gerais sobre políticas econômicas e sociais". Mas a revista diz que, "nas questões em que eles discordam, Serra é o mais persuasivo".

"Serra também tem os seus defeitos, notadamente uma preocupante tendência em tentar 'microgerenciar' tudo", pondera a "The Economist". Mesmo assim, diz que "seu histórico indica que seria mais ágil em cortar gastos excessivos e eliminar o déficit fiscal", ao passo que Dilma "atacaria essas distorções mais gradualmente, se o fizer".

"The Economist" afirma que houve um "inexorável aumento nos gastos públicos" na gestão Lula e diz que, apesar de suas conquistas na luta contra a pobreza, o presidente "deixa um país onde um em cada dois lares não tem esgoto e os padrões educacionais permanecem deploráveis".

Fonte: A Folha de São Paulo

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Aborto! Uma questão de escolha e consciência.

“Abortar não é fácil para mulher alguma. Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja a legalização.” (Dilma Rousseff)

Ato em São Paulo lança a Semana Nacional da Comunicação

As lutas em defesa do diploma e da democratização da comunicação foram reafirmadas no 34º Congresso Nacional dos Jornalistas, realizado em agosto, em Porto Alegre, como essenciais na defesa do Jornalismo como um bem público fundamental para se avançar na democratização no Brasil. Nesta perspectiva, a FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas preparam a Semana da Comunicação, de 18 a 23 de outubro, com o tema “Conselho Nacional de Comunicação e Diploma para jornalista: regulamentações necessárias à democracia”. O ato de lançamento nacional das atividades ocorre nesta sexta-feira, em São Paulo.

Nesta Semana Nacional da Comunicação, os jornalistas brasileiros lutam pelo cumprimento das deliberações da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), especialmente a implementação do Conselho Nacional de Comunicação e a imediata aprovação, pelo Congresso Nacional, das propostas de emenda constitucional (PEC) que restabelecem a exigência do diploma para o exercício do Jornalismo.

A Executiva da FENAJ participa nesta sexta-feira, às 19 horas, do ato de lançamento da Semana Nacional de Comunicação, no auditório da Afubesp, em São Paulo. Os dirigentes sindicais da categoria permanecem na capital paulista durante o final de semana, onde discutirão estratégias para buscar a aprovação das PECs dos Jornalistas em primeiro turno na Câmara e no Senado ainda neste ano.

Já aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), tramita substitutivo do senador Inácio Arruda (PC do B-CE) à PEC 33/09, do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE). O substitutivo está incluído na pauta de prioridades para votação em plenário. A perspectiva, porém, é de que só haverá quorum para votação após a realização do 2º turno das eleições 2010. As entidades sindicais dos jornalistas prosseguem buscando a ampliação de apoios pela aprovação da PEC.

"Nunca desliga". Com novo slogan, Globo News muda grade e identidade visual

Carlos Henrique Schroder, diretor geral de jornalismo e esporte da Central Globo de Jornalismo, apresentou as mudanças na Globo News, que poderão ser conferidas a partir de segunda-feira (18/10). As novidades foram divulgadas durante um almoço realizado nesta quinta-feira (14/10), na Globo, em São Paulo. As principais mudanças são o novo slogan "Nunca desliga", no lugar de "Vida em tempo real", nova grade e identidade visual.

As novas mudanças foram baseadas em uma pesquisa internada, elaborada há dois anos. De acordo com ele, parte do público só percebe diferença "editorial quando há a mudança visual profunda", o que justifica a nova identidade visual.

Factual


Schroder disse que o canal já passou por algumas modificações na programação, como a criação do "Estúdio I", em 2008, mas o foco agora é maior espaço para o "factual". Como exemplo, o diretor citou o caso do resgate dos mineiros chilenos soterrados. Para cobrir o resgate, a Globo News suspendeu a programação normal e transmitiu toda a operação por 31 horas. "O objetivo é ter um Jornalismo mais dinâmico, mais ágil, mais vivo", disse Schroder.

Para o diretor de Jornalismo da Globo News, César Seabra, as modificações irão atender o que o telespecator deseja, ter notícias factuais, saber o que está acontecendo naquele exato momento, ao invés de ver os apresentadores na bancada de um telejornal. "O público quer um Jornalismo mais na rua e menos no estúdio", afirmou.

Além disso, o canal contará com novos telejornais, como um das 10h da manhã e outro as 18h. Os horários e tempo de entradas de links externos também mudam na nova programação.

Comunique-se (Anderson Scardoelli)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Ministério Público acusa Carlito Merss de usar dinheiro público para “mimar” servidores



ROGÉRIO GIESSEL

rogeriogiessel@hotmail.com

O prefeito Carlito Merss (PT) tem razão quando afirma que a inércia em sua administração é mentira. Prova disso, é que mesmo com alegada falta de recursos, o prefeito Carlito Merss não para de surpreender. Ele vai torrar R$ 31.435,25 do erário municipal com a compra de 1.265 relógios de pulso. Isso mesmo, relógios de pulso para homenagear servidores públicos. No entanto, quem não gostou da “brilhante” ideia de Carlito foi o Ministério Público Estadual (MPE), que ingressou com a Ação Civil Pública número 038.10.049564-5 para impedir a inusitada aquisição. Um pedido de liminar do MPE quer que a justiça suspenda a compra.

A denúncia do MPE relata que no último dia 13 de setembro, o secretário de administração Márcio Murilo de Cysne, publicou o edital de pregão eletrônico número 228/2010, que tinha como objetivo a compra 1.265 relógios de pulso, ao preço de R$ 25,45 cada. Os agrados feitos à custa do dinheiro público seriam uma forma de homenagem aos servidores que completarão nesse ano, 10, 15, 20, 25, 30 e 35 anos de serviços prestados. A concorrência publica foi homologada, porém, a efetivação do contrato com a empresa Cenetel Brindes – Comércio de Artigos Promocionais Ltda, ganhadora do certame, ainda não foi efetivada.

Para o promotor Assis Marciel Kretzer, da 13ª Promotoria de Justiça de Joinville, a compra não representa o interesse público a que deveriam restringir os atos administrativos do prefeito. “Ainda que eventualmente mereçam ser homenageados servidores que há longo tempo servem a administração pública de Joinville, há manifesto desvio de finalidade na aplicação de recursos públicos para a aquisição de “mimos” a eles”, diz o promotor.

Conteúdo demagógico

O MPE também entende que a utilização de recursos do município em beneficio exclusivo e particular desses servidores representa a dilapidação do patrimônio público, principalmente se for observada a carência e necessidades sociais que uma prefeitura deve atender em cumprimento às determinações da Constituição Federal. Conforme Assis Kretzer, a hipótese de a Prefeitura de Joinville contratar ou já ter contratado a compra dos relógios de pulso, prioriza interesses privados de um grupo de servidores em detrimento de toda a população joinvilense. “A proposito, num contexto de inequívocas omissões do poder público local no exercício da gestão da cidade (poluição do Rio Cachoeira, falta de vagas em creches, calçadas em estado deplorável, avenidas e ruas esburacadas no centro e nos bairros, falta de praças públicas e locais para entretenimento desportivo, mazelas na saúde pública etc.), soa imoral a despesa pública pretendida, na medida em que de conteúdo demagógico e prejudicial a inúmeras e efetivas necessidades da população desta urbe”, registra a denúncia do MPE.

Diante disso, foi solicitada a justiça através de um pedido de liminar, que o pregão seja suspenso até o julgamento da ação, já que os presentes de Carlito seriam entregues três dias depois da festa em homenagem aos servidores, que vai ocorrer no próximo dia 16. A ação tramita na 1ª Vara da Fazenda Pública da comarca de Joinville.

Em 2009, Carlito já havia gasto R$ 25 mil com relógios de pulso

A compra de relógios efetuada por Carlito não é inédita. Em 2009, o prefeito já havia sacado dinheiro do contribuinte para “mimar” funcionários públicos. De acordo com o Jornal do Município do dia 20 de novembro de 2009, R$ 25.2 mil foram utilizados para a compra de outros relógios de pulso. A empresa que embolsou o valor foi a Cenetel Brindes, a mesma que ganhou o pregão 228/2010

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A insustentável pobreza do ser (de um jornalista)

Sintomas clássicos da degradação financeira de um jornalista, também conhecida como “pindaíba mórbida”:

1. Ir a um encontro romântico, ostentando o jabá recebido dias antes numa coletiva para a imprensa. Tudo bem que o restaurante não é nenhum francês bacanérrimo, mas é extremamente decepcionante para uma mulher jantar com um homem – ela chegou até a imaginar que ele poderia ser o futuro pai de seus filhos – que veste uma camisa pólo azul-cafona com os dizeres “Tubos e Conexões Tigre”. Mesmo com letras discretas.

2. Embolsar o dinheiro do táxi – que será gasto no Carrefour – e seguir para a pauta de ônibus, naturalmente lotado. Além de poder chegar atrasado ao local da reportagem, o jornalista ficará com a roupa toda amassada e também poderá perder o gravador e o bloquinho de anotações no trajeto. Se o motorista do ônibus for daqueles que dão uma freada brusca antes de parar em cada ponto, há ainda o risco de uma gravidez indesejada.

3. Ir a uma coletiva de imprensa que não despertou o menor interesse do jornal apenas para filar o almoço. O jornalista finge que prestou atenção na entrevista, finge para o assessor de imprensa que vai dar um espaço legal para o assunto na edição do dia seguinte e devora o filé mignon ao molho madeira sem qualquer outro fingimento.

4. Pedir para o garçom do almoço acima preparar uma quentinha que o jornalista finge que vai levar ao motorista que ficou do lado de fora do evento. É um dos sintomas mais tristes da pobreza. Na verdade, será o jantar do jornalista naquela mesma noite.

5. Participar de uma entrevista concorrida, cheia de empurra-empurra, com dois microfones e um gravador nas mãos. O repórter de rádio/TV/internet chega a lembrar um daqueles deuses hindus que têm um monte de braços. Ele faz malabarismos para conseguir captar o áudio. Se falhar, pode perder um de seus três empregos. Ah, ele tem também um quarto emprego, meio período como assessor de imprensa na prefeitura.

6. Levar o filho, que mora com sua ex-mulher, ao cinema para assistir ao filme “O Guerreiro Didi e a Ninja Lili”, com um par de ingressos que estava esquecido numa mesa da redação e não despertou a cobiça de nenhum outro jornalista. Ao fim do filme, o filho, que já tem uns 15 anos, vai, com certeza, dizer ao pai: “Da próxima vez, a gente poderia ver X-Men ou algum outro filme mais interessante?”.

7. Ficar do lado de fora de um evento chique, de artistas ou políticos, e, com aquela cara de cão faminto, tentar descolar comida e bebida com um segurança da casa. O grupo, geralmente, é liderado por um fotógrafo desinibido – aliás, fotógrafos são todos desinibidos –, que faz a negociação com o segurança. Quando enfim chegam os salgadinhos gelados e o prosecco sem gás, os jornalistas disputam os restos, numa cena comovente e chocante, digna de ser registrada pelas lentes de Sebastião Salgado.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Engenheiros do Hawaii - Depois de Nós

Girl, You'll Be A Woman Soon

Tipos manjados da grande imprensa

Kelly Cristina, 42 anos, editora de Geral, bipolar, insegura. Acha que todo mundo pensa que ela só chegou à chefia pela amizade de muitos anos com o diretor de redação. Para garantir respeito à hierarquia, adota linha dura com os repórteres. Em alguns momentos, abusa de seu poder; em outros, é dócil e maternal. Estressada, desce vários andares 15 vezes por dia para fumar. Às vezes, trabalha com sapatos de modelos diferentes em cada pé.

Augusto, 24 anos, foca viciado no jogo War, sonha ser correspondente internacional. Para começar vale qualquer parte do mundo, como Caracas, mas se for em Paris melhor. Adora viajar, estudar idiomas e geopolítica internacional. Quer cobrir guerra, entrevistar algum líder político. Hoje, faz matérias sobre agricultura. Está de saco cheio de safras e entressafras, mas sabe que é só uma fase. Adora invadir o Alaska por Vladivostok.

Seu Antoninho, 60 e muitos anos, repórter policial há quatro décadas. Estável, não pode ser demitido. Chega e vai embora sempre nos mesmos horários. Raramente escreve uma matéria. O único com cadeira cativa, onde pendura seu velho paletó de tergal da Ducal. Homem quieto, é tido pelos jovens como uma entidade espiritual. Costuma tirar um cochilo na redação.

Talita, 23 anos, repórter de Variedades, recém-chegada de Votuporanga. Não admite ter sotaque do interior. Detesta o apelido de Cabocla e a fama de boa moça. Faz planos para despirocar. Vai a todas as festas esfumaçadas em casa de jornalista. Está louca para tomar um porre de vodka Orloff. Se julga supermoderna. Sonha morar sozinha num apê no centrão. Hoje, ainda vive com uma tia viúva, dois cães e três gatos.

Gustavo, 39 anos, redator de Economia, bonitão e maior pegador da redação. Metrossexual, depila o peito e adora cremes faciais. É discreto e bom de papo. Marca encontros no café pelo MSN. Prefere as mulheres que dão na primeira noite. Não se envolve afetivamente com ninguém. Solteirão, mora com a mãe, que nunca foi vista pelos amigos. Para alguns, a velha está empalhada. Outros dizem que ela é a senhora Bates, do filme Psicose.

Luís Otávio, 46 anos, editor-assistente de Esportes, homem sério e educado. Usa óculos, se veste bem e faz a barba todos os dias. Cabelo aparadíssimo. Trabalha após o fechamento. Não fala palavrões. Nem mesmo um “merda” de vez em quando. Casamento estável. Ama a mulher, que também trabalha no jornal. Não suporta cigarro. Bebe socialmente. Não vai a happy hours. É muito certinho. Nem parece jornalista.

Carlito terá que indenizar Tomazi

A Câmara Especial Regional de Chapecó confirmou sentença da Comarca de Cunha Porã e manteve a obrigação de Erich Arnaldo Huf e Carlito Huf indenizarem Jadir Tomazi em R$ 64,7 mil, por danos materiais e lucros cessantes.

Em 15 de janeiro de 2009, Carlito dirigia o caminhão de propriedade de Erich e parou sobre a pista da BR-282, para entrar em uma via secundária à esquerda. Jadir, que seguia pela via em seu caminhão, colidiu com a traseira do primeiro veículo. Com o impacto, o caminhão de Jadir teve danos materiais, e ele deixou de trabalhar na realização de fretes.

Na apelação, Erich e Carlito questionaram o valor dos danos materiais e afirmaram ser Jadir o culpado pelo acidente, em razão de excesso de velocidade. O relator, desembargador César Abreu, porém, não acatou os argumentos dos dois, por falta de consistência das alegações e divergência com os dados do boletim de ocorrência.

“Não há dúvida de que a manobra temerária do réu Carlito, de convergir à esquerda sem aguardar no acostamento o fluxo de trânsito cessar, foi bastante para produzir o acidente em questão. A culpa grave prepondera sobre eventual excesso de velocidade ou desatenção do autor em guardar distância segura do veículo”, concluiu César Abreu.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Paródia: Folha tira site “Falha de S.Paulo” do ar

A Folha de S. Paulo conseguiu, por meio de uma liminar (antecipação de tutela), tirar o site Falha de S. Paulo do ar. A página foi criada a cerca de 20 dias e fazia uma paródia do jornal, com críticas à cobertura do veículo. O site era mantido por Lino Ito Bocchini e Mario Ito Bocchini, que pretendem recorrer da decisão da 29ª Vara Cível de SP, que condena os irmãos a pagarem multa diária de R$ 1.000 caso descumpram a determinação.

A alegação da Folha de S.Paulo para mover a ação é o "uso indevido da marca" na página de paródia. O processo contém mais de 80 páginas.

Para Lino Bocchini, a atitude da Folha foi “violenta”. “Não recebemos nenhum e-mail antes, nenhuma ligação. A liminar chegou direto. É uma ação muito violenta”, afirmou. O jornalista disse ainda que o veículo se contradiz com o processo. “Eu sempre li a Folha e concordei com os editoriais com defendem a liberdade de expressão. Mas agora a Folha vai contra tudo o que ela defendeu”, criticou.

Segundo a advogada Taís Gasparian, que trabalha no caso, a Folha não questiona nem a sátira, nem o nome do site, apenas o uso da marca, que envolve o logotipo e layout do jornal.

Lino não concorda com a alegação. “A Folha foge da discussão central, que é o impedimento de fazer uma crítica ao jornal”, contesta. O jornalista ainda ressalta que ele e o irmão não são filiados a nenhum partido e apenas questionam a cobertura do veículo.

De acordo com ele, a intenção é recorrer da decisão, mas a tarefa é difícil. “Não somos uma empresa, nem organização. Apenas criamos um site, uma paródia. Nós não temos advogado, mas agora vamos ter que procurar um”, disse.

O Twitter do Falha de S. Paulo e um vídeo crítico, que satiriza uma campanha do jornal, continuam no ar, mas os autores temem que a Justiça decida retirá-los.

(Izabela Vasconcelos)- Comunique-se



Paródia: Folha tira site “Falha de S.Paulo” do ar

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Juiz João Marcos Buch manda soltar preso por falta de viatura em presídio




O juiz João Marcos Buch, titular da 2ª Vara Criminal de Joinville, determinou o relaxamento da prisão de Rudiney Alexandrino Pereira, acusado de tráfico de drogas. A inusitada decisão de Buch ocorreu pelo fato do preso não poder comparecer a uma audiência, por falta de uma viatura que o transportasse do presídio até o Fórum.

Aberta a audiência, foi constatada a ausência do réu, que já havia sido devidamente intimado. Após contatos feitos com a direção do presídio, veio a informação de que o réu não podia ser transportado em razão da falta de viaturas para tanto.
O magistrado, então, determinou sua imediata apresentação, no prazo de 30 minutos, mas, mesmo após ter aguardado por quase uma hora, o réu não foi apresentado. O juiz considerou lamentável a situação.

“Se o Presídio Regional de Joinville, com mais de 600 detentos, não possui viatura suficiente para dar conta das requisições judiciais e, mormente, para apresentar réu preso provisoriamente para audiência, então que se interdite o local e proceda-se a transferência de todos os detentos", anotou.

Para ele, se não existe vontade política para melhorar a situação, então resta apenas à Justiça garantir os direitos dos detentos. "Até lá no caso dos autos, considerando o direito que o réu tinha de ter o processo instruído nesta data e quiçá julgado, outro caminho não resta que não seja o relaxamento da prisão por excesso de prazo na formação da culpa”, manifestou o magistrado, com fundamento no artigo 5º, incisos LXV e LXVIII, da Constituição Federal. Após essa deliberação, e com uma hora de atraso, o réu foi apresentado e solto.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

TRESC instrui partidos sobre registro de candidatura e propaganda

Representantes de partidos se reuniram na sede do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina nesta quinta (10) para receber orientações sobre os procedimentos necessários ao registro de candidaturas e à propaganda eleitoral para as Eleições 2010. O evento foi realizado pela Corregedoria Regional Eleitoral e pela Secretaria Judiciária do TRESC.

O vice-presidente do Tribunal e corregedor regional eleitoral, desembargador Sérgio Torres Paladino, abriu a reunião ressaltando o conteúdo do Manual de Propaganda Eleitoral, que foi produzido pelo corpo técnico da Corregedoria e lançado nesta segunda (7), trazendo as normas que regerão a propaganda no pleito deste ano. "Eu gostaria que os partidos observassem uma inovação para estas eleições, a exigência de dois documentos [o título eleitoral e um oficial com foto] na hora de votar", acrescentou Paladino, que pediu às agremiações a difusão dessa mudança.

Na sequência do evento, a chefe da Seção de Partidos Políticos (SPP), Patrícia Sardá Lisbôa, fez orientações aos representantes das siglas sobre o registro das candidaturas e as convenções partidárias, que poderão ser realizadas a partir desta quinta até 30 de junho.

Entre as mudanças para as Eleições 2010, Lisbôa destacou a diminuição no prazo de julgamento dos processos de impugnação de candidaturas. A data final nesta eleição será 5 de agosto, enquanto nos pleitos anteriores ela era marcada para a última semana do mesmo mês. A chefe da SPP também disse que o número de processos de impugnação de 2008 (cerca de 500) deve se repetir neste ano.

Lisbôa finalizou sua apresentação explicando o funcionamento do sistema de Candidaturas Módulo Externo (CandEX), cuja utilização é obrigatória para os partidos e as coligações que concorrerão nas Eleições 2010. Por meio do módulo, são emitidos automaticamente o Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP), o Requerimento de Registro de Candidatura (RRC) e a declaração de bens dos candidatos.

Propaganda na Internet tem novidades

Na parte final da reunião, a assessora-chefe da Corregedoria, Renata Fávere, falou sobre questões pontuais referentes à propaganda eleitoral e destacou as novas regras para a internet, que agora permitirão a divulgação em sites particulares, e-mails, blogs e redes sociais. No entanto, ela está vetada para páginas de pessoas jurídicas.

Outra mudança envolve os provedores de Internet, que poderão sofrer as mesmas sanções dos candidatos e dos partidos caso não cumpram notificações judiciais que peçam a retirada de propaganda on-line. No caso dos jornais, cada candidato só poderá ter dez anúncios por veículo e o valor de cada um deles deverá ser impresso no espaço da propaganda.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Agentes penitenciários de Criciúma acusados de tortura são presos preventivamente

A pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) dois agentes penitenciários do Presídio Santa Augusta, em Criciúma, foram presos preventivamente. Eles são acusados de prática de tortura, sendo que um deles também é acusado de incentivar de crime sexual contra um detento.

A prisão preventiva foi requerida pela Promotora de Justiça Vera Lúcia Coró Bedinoto, titular da 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Criciúma, em função dos denunciados permanecerem em serviço no mesmo estabelecimento da vítima e das testemunhas dos fatos.

O pedido foi deferido pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Criciúma. Na instrução do requerimento de prisão preventiva, a Promotora de Justiça narra que a vítima - acusada de crime sexual contra criança - foi espancada pelos dois agentes ao dar entrada no presídio, em 30 de abril de 2010.

Consta nos autos que a vítima foi colocada em uma cela em companhia de outros presos, e um dos agentes acusados informou a todos os detentos o crime pelo qual a vítima estava presa provisoriamente, tendo inclusive incitado os companheiros de cela a praticarem atos libidinosos com o preso.

Narra a Promotora de Justiça na ação que após os fatos a vítima foi ameaçada por um dos acusados para não apresentar denúncia. Por todo o exposto pela Promotoria de Justiça, o Juízo determinou a expedição dos mandados de prisão preventiva contra os dois agentes. Os mandados foram cumpridos na terça-feira, 1º de junho, e os agentes encaminhados Presídio Regional de Araranguá

Carlos Augusto Macedo Motta, o covarde do ano

quinta-feira, 22 de abril de 2010

'Peixe mais feio do mundo' corre risco de extinção, diz jornal




O melancólico ‘Psychrolutes marcidus’ habita águas profundas.
Pesca de arrasto na Austrália e Nova Zelândia está dizimando espécie.


Sem nenhum motivo para sorrir: 'Psychrolutes marcidus' tem corpo gelatinoso e não é comestível, mas está sendo capturado junto com camarões e lagostas nas águas profundas entre Austrália e Nova Zelândia (Foto: reprodução)

O peixe da espécie Psychrolutes marcidus, conhecido por blobfish e por uma cara que dá pena, está em risco de extinção. A informação está no site do jornal britânico "Daily Mail". O hábitat da criatura é a costa sudeste da Austrália, em águas profundas. A risco de extinção vem do excesso de pesca por traineiras, barcos de pesca que fazem uso de redes de arrastão para amealhar suas vítimas.

O inchado habitante das profundezas, diz reportagem do site MailOnline, pode chegar a cerca de 30,5 centímetros e vive a 800 metros de profundidade, então é visto muito raramente (felizmente). Mas está sendo levado pelas redes com as espécies que são preciosas à atividade pesqueira. Ele mesmo não é para se comer, logo não interessa, mas deu o azar de viver nas mesmas paragens de outros seres oceânicos mais apetitosos, entre os quais camarões e lagostas.

Callum Roberts, especialista nas profundezas do mar da Universidade de York, explica que o P. marcidus tem todas as razões do mundo para ser um bicho taciturno, com um jeitão miserável. “São muito vulneráveis a ser arrastados pelas redes e, pelo que sabemos, seu hábitat é restrito a essas áreas”, explica Roberts, autor do livro “The Unnatural History of the Sea” (A História não natural do Mar).
Tecidos do blobfish são gelatinosos, com densidade um pouco inferior à da água

“As frotas de traineiras de águas profundas da Austrália e da Nova Zelândia são umas das mais ativas do mundo, então se você é um peixe desses, ali não é um bom lugar para viver.” A pescaria com redes de arrastão é uma das formas mais predatórias da atividade.

Os tecidos do blobfish são gelatinosos, com densidade um pouco inferior à da água, o que permite que flutue. Quase não tem músculos, mas ainda assim se vira muito bem: vai engolindo detritos que aparecem na frente dele.

Dias melhores

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Baixaria no Paraná

MPF investiga agressão de apresentador da TV Vila Velha a estudante

O Ministério Público Federal em Ponta Grossa (PR) instaurou procedimento administrativo para apurar abuso no exercício da liberdade de radiodifusão por conta da conduta do apresentador José Carlos Stachowiak, o “repórter Zeca”, do programa RP2, da TV Vila Velha, de Ponta Grossa. O motivo foram as agressões a Lucas Nobuo Waricoda, estudante de Jornalismo da UEPG que publicara na internet um texto crítico ao programa.

O procedimento foi motivado por uma representação da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados, por meio da Coordenação da Campanha Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania, contendo diversas manifestações referentes ao programa. Também foram consideradas as notas de solidariedade e repúdio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná, da Sociedade Direitos Humanos para a Paz – DHPAZ e do Grupo Tortura Nunca Mais do Paraná. Os delitos de injúria e ameaça podem configurar infração a normas de prestação do serviço público federal de radiodifusão.

No programa RP2 do dia 31 de março, Zeca ameaçou várias vezes o estudante e agrediu sua honra e a de sua família. Isto porque Lucas publicou no blog Crítica de Ponta uma crítica ao programa como “um dos exemplos do que há de mais sensacionalista na mídia dos Campos Gerais”.

Assista o vídeo



Como medida inicial, o MPF solicitou à direção da TV Vila Velha cópia da íntegra do Programa RP2 do dia 31 de março, além de informações sobre providências adotadas em relação ao caso. O Sindicato dos Jornalistas do Paraná também cobrou da emissora a forma como vem sendo tratado o caso, bem como a não observância de itens da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.

terça-feira, 20 de abril de 2010

MPF quer recuperação de mangue aterrado pela H. Carlos Schneider



Após 21 anos, transitou em julgado decisão que determina remoção de aterro e de edificações, bem como o reflorestamento da área

O Ministério Público Federal em Joinville requereu à Justiça o cumprimento da sentença dada em ação civil pública contra H. Carlos Schneider S/A e S.E.R. Parafuso, que determinou a remoção de um aterro efetuado sobre área de mangue com quase 80 mil m², bem como de eventuais edificações que existam na área. Os réus deverão também efetuar um reflorestamento característico de manguezal no terreno.

Após ter tramitado por 21 anos, a ação chegou ao trânsito em julgado (a fase do processo onde não há mais a possibilidade de recurso) no último dia 19 de fevereiro, confirmando a sentença da Justiça Federal de Joinville.

Conforme a ação do MPF, a S.E.R. Parafuso, entidade classista que congrega os empregados do grupo CISER, solicitou parecer da Fundação do Meio Ambiente de SC (FATMA) para executar obras sobre o terreno de propriedade de H. Carlos Schneider S/A, que fica defronte aos rios Cachoeira e Itaum.

A FATMA, após constatado que a área destinada à implantação da Associação Atlética CISER estava assentada em mangue e que, mesmo se tratando de área de preservação, havia sido feito um aterro com argila sobre o manguezal, negou o pedido de construção da S.E.R. Parafuso. Além do aterro, verificou-se que estavam sendo abertas valas para a colocação de tubos destinados à drenagem do terreno.

O procurador da República Mário Sérgio Barbosa requereu o imediato e integral cumprimento da sentença, que havia estabelecido prazo de 30 dias para que os réus apresentassem projeto de recuperação da área degradada e mais 30 dias, a partir da aprovação do projeto pelos órgãos ambientais, para iniciar a sua execução.

Nota do deputado Kennedy Nunes

Um ano depois, por motivos eleitoreiros.


Há um ano, o então Secretário de Infraestrutura Urbana, Nelson Trigo entregava ao Prefeito Carlito Merss sua carta de demissão. O motivo? Mesmo depois da análise criteriosa feita pelo professor, o prefeito Carlito Merss mantinha o aumento da passagem de ônibus.

Trigo apontara em memorando do dia 11 de maio de 2009, dois dias antes de sua demissão, uma série de falhas nas planilhas das empresas Gidion e Transtusa e orientava o prefeito a não conceder o aumento, sem que se fizesse uma fiscalização rigorosa. Dizia ele: “Não podemos de forma alguma concordar com esta prática de pouca fiscalização, de aceitar, pura e simplesmente, o que as empresas nos informam. Precisamos mudar os procedimentos, fiscalizar e controlar efetivamente. Temos a obrigação de fazer diferente, de romper com este modelo que vinha sendo adotado”.

A demissão de Trigo foi um grito à sociedade: “Estão fazendo a coisa errada e não podemos mais concordar!”.

Exatamente 11 meses e uma semana depois, Carlito envia nota à imprensa dizendo que este ano não concederá aumento. Na nota oficial, a prefeitura diz que “considerando o compromisso com o controle social e a transparência das planilhas de custos do sistema de transporte público; irá “contratar consultoria especializada para a formatação da planilha de custos, com base na transitoriedade do atual sistema até a conclusão do processo licitatório”.

Mas o que aconteceu para que a postura do prefeito mudasse? Se ele foi avisado há um ano que era necessária a formatação de uma nova planilha e melhor fiscalização? Será ele tão lerdo que só agora entendeu o teor da carta de Trigo? Não! Carlito não é bobo, houve em sua decisão uma única motivação: a política. Ele usou a questão técnica, da necessidade de formatar uma nova planilha, para tomar uma decisão política, ou devo dizer politiqueira?

Veja que na quinta-feira passada, em entrevista, ele dizia que pensava num aumento para no máximo R$ 2,55; porém, quatro dias depois, logo após o resultado da pesquisa do Datafolha que mostra Dilma, 20 pontos percentuais atrás de Serra na Região Sul, ele decide cancelar o aumento. Lembremos que Carlito está a frente da maior cidade da região governada pelo PT (Curitiba é administrada pelo PSDB e Porto Alegre pelo PMDB

E ele está bem tranquilo para fazer essa jogada política, afinal, em maio do ano passado, o aumento concedido por Carlito foi acima da inflação; de lá pra cá, o diesel teve decréscimo de 10% na bomba; a gratuidade para usuários entre 60 e 64 anos foi cancelada; e o percentual de aumento do salário dos motoristas, termo assinado pela Gidion e Transtusa, não foi respeitado.

Continuo defendendo minhas posições, as mesmas de quando fiz acordo com o candidato Carlito Merss, no segundo turno das eleições. Precisamos subisidiar com dinheiro público as gratuidades do sistema para reduzir o valor da passagem e fiscalizar os números apresentados pelas empresas permissionárias. Este anuncio da prefeitura é apenas um jogo de cena.

Para finalizar, o prefeito Carlito Merss fixa o aumento para janeiro de 2011. É ou não uma atitude eleitoreira? Abram os olhos, eleitores, e não esqueçam: a memória é uma arma.


Deputado Kennedy Nunes