sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

PEC 33/09 pode ser votada no Senado neste final de ano



Entidades apoiadoras da Campanha em Defesa do Diploma desenvolvem nova ofensiva para buscar garantir a aprovação do substitutivo à Proposta de Emenda Constitucional 33/09 – a PEC do Diploma – ainda este ano. A FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas intensificam contato com parlamentares para que a matéria vá a voto na próxima semana, tendo em vista a previsão de que haverá quorum no plenário do Senado.

As últimas sessões do Senado em 2010 ocorrerão entre os dias 7 e 9 de dezembro. Como a um apelo do governo para a votação de matérias consideradas prioritárias, a previsão é de que haverá grande quorum. Entre os dias 7 e 9 de dezembro, ocorrem as últimas sessões do Senado. “Como tramita em regime especial, a PEC do diploma está na pauta permanentemente e é possível que nestas sessões se alcance o quórum necessário para a votação e aprovação”, explica o presidente da FENAJ, Celso Schröder.

Em comunicado às direções dos Sindicatos e entidades apoiadoras da proposta de reinstituição do diploma como requisito para o exercício da profissão de Jornalista, a direção da FENAJ e a Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma solicitaram a intensificação dos contatos com os parlamentares nos estados para garantir o apoio e voto dos parlamentares. Para que a PEC dos Jornalistas seja aprovada em primeiro turno é preciso um quorum de 65 senadores presentes em plenário e o voto favorável de 49 deles.

Dirigentes da FENAJ e dos sindicatos de Jornalistas estarão em Brasília na semana em que ocorrem as últimas sessões do Senado para ampliar o diálogo com os parlamentares e acompanhar as votações.

Brasil Econômico defende Ongoing e diz que Folha e O Globo temem concorrência


Em editorial publicado nesta quinta-feira (2/12), o diretor de Redação do jornal Brasil Econômico, Ricardo Galuppo, defendeu o Grupo Ongoing e a Eseja, responsável por sua publicação e a dos jornais O Dia, Meia Hora e Marca. Na edição de ontem (01/12), a Folha de S.Paulo noticiou a investigação do Ministério Público Federal contra a Ongoing. A matéria também dizia que o grupo teria chegado ao Brasil com o apoio de petistas e que a empresa portuguesa havia comprado 49% do jornal Alô Brasília.

Galuppo enfatizou que a queixa que deu origem à investigação partiu da Associação Nacional de Jornais (ANJ), cuja presidente, Judith Brito, trabalha na Folha. Ele também afirmou que a empresa teme concorrência do grupo português Ongoing.

“Talvez para não deixar nas mãos das Organizações Globo (empresa a cujos interesses a ANJ está subordinada) o papel exclusivo de tentar impedir que um novo concorrente se consolide no mercado, a Folha de S. Paulo publicou ontem uma extensa reportagem sobre o grupo português Ongoing (dono de 30% da Ejesa) e seus negócios no Brasil”.

O jornalista também afirmou que a Folha e a Globo temem que seu jornal de finanças, o Valor Econômico, perca espaço para o do Grupo Ongoing, e criticou fortemente o jornal.

”São tantas mentiras, tantas tolices e tantas baboseiras distribuídas por uma página e meia do jornal que seria enfadonho responder a cada uma delas. A mais gritante diz respeito à suposta compra, no Distrito Federal, de um jornal chamado Alô Brasília”.

Galuppo ironizou e voltou a criticar a Folha. “O ataque da Folha de S. Paulo não causa espanto. Esperar que aquele diário pratique jornalismo sério é o mesmo que imaginar a hipótese de a torcida do Palmeiras vibrar com uma eventual conquista do título brasileiro pelo Corinthians. Não há possibilidade de isso acontecer”.

Para finalizar, o diretor de Redação ainda citou supostos casos da ditadura e acusou o jornal de ter sido conivente com o regime.

O Grupo Ongoing é alvo de uma investigação a pedido da ANJ. Segundo a entidade, a empresa usaria artifícios para burlar a Constituição, que limita a 30% a participação de capital estrangeiro nas empresas de comunicação brasileiras.

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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ongoing diz que matéria da Folha está “repleta de falsidades”

O grupo português Ongoing, detentor de ações na Ejesa - empresa que edita os jornais Brasil Econômico, O Dia, Meia Hora e Marca - contestou a queixa da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a matéria publicada nesta quarta-feira (01/12) na Folha de S. Paulo, que aborda a investigação do Ministério Público Federal e também faz outras denúncias contra a empresa. Segundo o Ongoing, a matéria apresenta “falsidades”.


A empresa é investigada porque, segundo a ANJ, estaria usando artifícios para ocultar que o controle econômico e editorial dos veículos estaria nas mãos da companhia portuguesa, o que é proibido no Brasil, já que nos veículos de comunicação do País a linha editorial deve ser dirigida por brasileiros e a participação de capital estrangeiro não pode exceder 30% do valor da empresa.

“Trata-se de uma clara tentativa de condicionar o poder judicial a favor de uma queixa que não tem qualquer fundamento”, declarou o diretor de comunicação do Grupo Ongoing, Ricardo Santos Ferreira.

Ricardo ainda afirmou que a matéria da Folha não condiz com a verdade e que o caso já foi entregue aos advogados da empresa. “A matéria está repleta de falsidades e o caso está entregue a nossos advogados. Obviamente, o Grupo Ongoing cumpre integralmente a legislação”.

Suposto respaldo político

Além de noticiar a investigação do MPF, a reportagem da Folha dizia que a chegada do Ongoing no Brasil teria sido motivada por petistas, que para criar uma rede de comunicação alinhada ao governo, que diminuísse o poder dos grandes grupos de mídia brasileiros.

Segundo o jornal, o principal responsável pelas negociações entre o grupo e o governo seria o ex-ministro e ex-deputado federal José Dirceu, colunista do Brasil Econômico.

Izabela Vasconcelos

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Em prol dos animais



“Você tem que se tratar”, diz Lula irritado com pergunta de repórter do Estadão


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se irritou com a pergunta do repórter Leonencio Nossa, do jornal O Estado de S.Paulo, enquanto participava do fechamento simbólico da primeira de 14 comportas da Usina Hidrelétrica Estreito, no Maranhão, nesta terça-feira (30/11). Questionado se sua visita ao Maranhão seria um agradecimento à "oligarquia Sarney" nos oito anos de seu governo, Lula respondeu que a pergunta era preconceituosa e disse que o repórter deveria “se tratar”.


"Uma pergunta preconceituosa como esta é grave, para quem está oito anos cobrindo Brasília. Demonstra que você não evoluiu nada. É uma doença. O Sarney colaborou muito para a institucionalidade. Eu não sei por que o preconceito. Você tem de se tratar. Quem sabe fazer psicanálise, para diminuir um pouco esse preconceito", respondeu o presidente.

Logo, a governadora Roseana Sarney interferiu."É preconceito contra a mulher. Eu fui eleita governadora do Maranhão para tomar conta do povo." Lula completou. "Sarney não é o meu presidente. Ele é o seu presidente do Senado, ele é o presidente do Senado deste País. Eu lamento que não tenha tido evolução (da imprensa)."

O presidente disse que os políticos eleitos devem ser respeitados."Se você tiver que fazer algum protesto você vai para o Amapá, porque foi lá que o povo elegeu Sarney. E vai para São Paulo, porque o povo elegeu Tiririca. Na medida que a pessoa é eleita e toma posse, ela passa a ser uma instituição e tem que ser respeitada", afirmou.

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informações do Estadao.com.br

É Lula! Tem que respeitar