sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Medo de testemunhas mantém Marcos Schoene e seu filho na cadeia




O juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Joinville, João Marcos Buch, negou pedido de liberdade ao ex-presidente da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Joinville (Fundema), Marcos Schoene e seu filho, Rodrigo Schoene. A dupla foi presa na terça-feira, (27) na “Operação Simbiose”, desencadeada pelo Ministério Público Estadual (MPE) em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF).

Marcos Shoene deverá continuar preso na Penitenciária Industrial de Joinville e Rodrigo encarcerado no 8º Batalhão de Polícia Militar. Depois de veiculada a notícia das prisões, duas testemunhas, um homem e uma mulher, estiveram no dia 29 no MPE relatando novos fatos, inclusive com novas gravações. Segundo a decisão do juiz, eles ressaltaram o temor de represálias em decorrência de todo o acontecido. “A testemunha R. C. M. teria dito: "que não informou antes os fatos ora noticiados por medo de que possa acontecer algo com alguém de sua família"” registra o magistrado.

Já a testemunha A. B. A. declarou que teme por sua vida e por eventuais  represálias de outros envolvidos e que estão em liberdade : "... o declarante teme por sua segurança caso o Sr. Marcos Schoene ou o Sr. Rodrigo Schoene sejam libertados; que teme por represálias que possam ser praticadas por outros ligados aos fatos".

Diante disso, João Marcos Buch decidiu manter as prisões. “...a manutenção das prisões, além da garantia da ordem pública, serve para a conveniência da instrução criminal que se aproxima...”, diz o despacho da justiça.

Justiça considera as ameaças reais

Sobre as alegações da defesa de que as alegações de ameaças são meras probabilidades, o juiz esclareceu que os acontecimentos ocorridos tem grande intensidade e complexidade, “...os fatos em questão tem ingente amplitude, envolvendo inúmeros empreendimentos imobiliários, servidores públicos e empresários. Ao que consta as ameaças relatadas são concretas, possuindo sinais de verossimilhança.”, revelou Buch.

A liberdade negada também supõe que novas situações estão surgindo nas investigações. “... a proximidade com as provas e testemunhas, na forma que as denúncias vem sendo apuradas, trazem a este Juízo a convicção de que a prisão é medida necessária neste momento”, conclui mantendo a prisão de pai e filho.