terça-feira, 9 de novembro de 2010

Continua o comodismo na busca por informações. As fontes oficiais prevalecem

Incrível como a imprensa de Santa Catarina prefere a comodidade das informações oriundas de fontes oficiais. O mais recente exemplo é caso do bebê de apenas 9 meses, socorrido na Estrada Geral de Itapocú, em Araquari, na tarde de terça-feira (2).

Em um primeiro momento, a versão divulgada foi de um acidente doméstico. De acordo com o jornal A Notícia, a criança entrou em convulsão ao se sufocar com um biscoito. Enquanto era atendida pelo corpo de bombeiros da região, a menina já estava com um quadro clínico bastante grave, inclusive com parada cardíaca. Depois de reanimada, o bebê foi encaminhado pelo helicóptero da Polícia Militar para o Hospital Infantil de Joinville, onde foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave.

Porém, no dia 3, o jornal já ventilava a possibilidade de a criança ter se afogado com uma pedra de crack, já que os pais são usuários da droga. O mesmo jornal dava conta que a mãe e o pai da criança seriam ouvidos pelo delegado de Araquari. Um exame foi anunciado para se comprovar a tese baseada no relato de “pessoas que frequentavam a casa”.

No dia 4, também no jornal A Notícia, havia uma declaração do diretor clínico do hospital, Arthur Wendhausen que informava. “O que tinha, visivelmente, eram restos alimentares”.

Entretanto, na manhã de segunda-feira (8), o delegado Raphael Werling de Oliveira divulgou o esperado laudo que confirmou a presença da droga na urina da criança. Conforme o delegado, os pais devem ser indiciados.

Percebe-se nesse caso, que a declaração do diretor do hospital perdeu a importância para os veículos de comunicação de Joinville, pois o mesmo, não foi mais questionado sobre a percepção dos médicos no atendimento emergencial.

Em relação à alegada presença da droga na urina da criança, uma rápida consulta com um médico se poderá verificar que a droga pode passa para o organismo da criança pelo ato da amamentação. O caso promete outros desdobramentos já que existe um médico legista em Joinville contestando o laudo apresentado.

A única situação certa e inaceitável nesse episódio, é o fato de os órgãos competentes permitirem que uma criança de 9 meses permanecesse sob os cuidados de um casal dependente de uma droga tão devastadora.

Não se pode submeter pessoas ainda na condição de suspeitos a um julgamento midiático sem direito ao contraditório. Outras fontes se fazem necessárias, outros conhecimentos divergentes dos oficiais são imprescindíveis na busca pela verdade.

Tropa de Elite II





Faltam menos de 400 mil espectadores para 'Tropa' ultrapassar 'Avatar'

Ainda em cartaz em 661 cinemas de todo o país, "Tropa de elite 2", pela quinta semana consecutiva, foi o filme que atraiu maior número de espectadores no último fim de semana no Brasil. Com 435.221 espectadores entre sexta-feira e domingo, o filme de José Padilha já totalizou 8.721.000 espectadores. O único filme que este ano conseguiu um público maior foi "Avatar" com 9.108.400 espectadores. Até o fim da semana, "Tropa" deve ultrapassar "Avatar". Os dados são do site Filme B.

Fonte: Blog do XeXéo

São Francisco do Sul na rota dos cruzeiros marítimos


Reabertura Verão - California

Enem: Jornal mantém identidade de repórter em sigilo e diz que responderá em caso de ação

A identidade do repórter do Jornal do Commercio, que divulgou o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), continua em sigilo. Procurada pela reportagem, a direção do jornal diz que prefere não revelar o nome do jornalista. O repórter, que fez o exame e enviou ao veículo o tema da redação, pode ser processado pelo MEC, que alega que o profissional "cometeu ato ilícito ao atentar contra as regras do certame".

A editora-chefe do site do Jornal do Commercio, Benira Maia Barros, disse que o veículo não recebeu nenhuma notificação da Polícia Federal ou do MEC. No entanto, Benira disse que caso sejam notificados de algum processo, a ação será encarada pelo Jornal do Commercio, preservando a identidade do repórter. A editora alegou que não era a intenção do jornal divulgar o tema da redação, mas que o caso "serviu para comprovar a fragilidade do sistema da organização”.

No último domingo (7/11), já no local da prova, o repórter foi ao banheiro e usou o celular para enviar o tema da redação aos colegas do jornal, que divulgaram a informação. Segundo o MEC, divulgar o conteúdo do Enem dentro do local da avaliação e antes do horário permitido para a saída é um ato ilegal.

Na tarde desta segunda-feira (08/11), devido a outros problemas como erros de impressão, a Justiça Federal do Ceará suspendeu a prova por meio de liminar. A decisão tem efeito em todo o Brasil, mas cabe recurso.

Polêmicas do Enem

Não é a primeira vez que o Enem causa polêmica. No ano passado, um furo de repórteres do Estadão adiou a prova em 45 dias. Os jornalistas Sérgio Pompeu e Renata Cafardo descobriram que a íntegra da prova havia vazado da gráfica e estava sendo negociada em R$ 500 mil.

Fonte: Comunique-se (Anderson Scardoelli e Izabela Vasconcelos)