sábado, 13 de junho de 2009

Supremo marca julgamento do diploma para o dia 17/06

O Supremo Tribunal Federal marcou para a próxima quarta-feira (17/06) o julgamento do Recurso Extraordinário 511961, que trata da obrigatoriedade ou não do diploma de graduação em jornalismo para o exercício da profissão. É a terceira vez que o processo é incluído na pauta.

Em duas oportunidades o julgamento foi adiado por falta de tempo. É possível que isso volte a acontecer, já que o recurso é o quinto tema da pauta. Nesta quarta-feira (10/06), o alongamento na análise dos casos Goldman e Mensalão foi o motivo do adiamento.

"Aquilo virou uma novela. Cada adiamento é um grande investimento que a Fenaj e os sindicatos fazem. Nossos advogados não moram em Brasília, os sindicatos bancam delegações, os estudantes bancam as passagens. Acho uma desconsideração", afirma o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murillo de Andrade.

Porém, apesar dos altos custos, Murillo confirma que nova manifestação será realizada na próxima semana.

"Nós vamos estar lá de novo. Embora não tenhamos recursos, somos teimosos. Mais que teimosos, acreditamos que a nossa causa é justa", diz.

Fonte: Comunique-se

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Vale a pena ler de novo

Sobre o jornalismo latrinário

Dizem que o ignorante a todos repreendee fala mais do que menos entende.
Um dia destes fui "homenageado" num programa de televisão de Joinville e acho que devo me manifestar. Um tal de Beto Gebaili decidiu me insultar por causa de uma crônica publicada aqui em A Notícia (5/3/2006). Acho que ele não leu o texto. Os personagens da crônica eram Moe, Larry e Curly (uma homenagem aos "Três Patetas") num programa de televisão. Se o nome de Beto Gebaili não era citado, por que acha que eu estava a falar dele?


Será que assume a autoria daquelas obtusidades?
Então vamos dar nomes aos bois.


O que dizer do tal programa (vi apenas um e bastou)? Não há muito a avaliar do ponto de vista jornalístico. Porque não se respeitam as mais elementares regras do jornalismo e menos ainda qualquer código deontológico (palavra que o tal senhor deve conhecer). Poderia abordar a questão a partir daquilo que o mestre Cláudio Abramo chamou "jornalismo latrinário". Mas é difícil. É muita latrina e pouco jornalismo.


Aliás, se fosse na Europa ou em qualquer lugar civilizado, esse programa já tinha sido tirado do ar. Explico: existe uma entidade chamada Alta Autoridade para a Comunicação Social, que se encarrega de remover esse tipo de lixo. Esse é um daqueles programas que só podem sobreviver em ambientes paroquiais, na província. Mas que vão acabar. A evolução da sociedade - e do próprio jornalismo - se encarregará de erradicar essas excrescências da comunicação social.


O que resta, então? Um energúmeno a fazer acusações pessoais.

Beto Gebaili diz que sou um pé-de-chinelo de Florianópolis. Errou. Sou um pé-de-chinelo de Lisboa. Mas um pé-de-chinelo com algumas manias. Uma delas é ir passar as férias em Joinville todos os anos (às minhas custas, porque nunca integrei comitivas de prefeitos ou governadores). A cada ano que volto vejo que a cidade está a evoluir. Sei que essa evolução também vai chegar a certos setores da comunicação social que vivem na iliteracia.


Beto Gebaili diz também que eu preciso aprender o português. Tem razão. E é por isso que moro em Portugal. Mas é estranho. Aqui também ganho a vida com a escrita e nenhum português jamais questionou a minha forma de escrever. Aliás, até já me deram alguns prêmios
.

Diz ainda que sou um asno. É uma opinião. Mas a verdadeira asneira é dos patrocinadores do tal programa. Como marketeer recomendo a seus "apoiadores culturais": invistam esse dinheiro em bons produtos de comunicação.
Ah... e antes que Beto Gebaili comece a ter idéias. Sei que já bateu em jornalistas, como fez com o seu colega de rádio Osny Martins. E fez ameaças a Luis Fernando Assunção, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina. Se tiver muita vontade de me espancar e um dia vier a Lisboa, dê uma passadinha na academia onde sou professor de artes marciais. A gente vê o que pode fazer.


E chega de conversa, porque tenho que voltar a minha tese de doutorado. É sobre jornalismo. Talvez use como referência uma monografia chamada "Anatomia de um Picareta", feita há alguns anos por um estudante universitário da Univali cujo principal personagem é Beto Gebaili. Ainda não li, mas promete ser reveladora.


José António Baço Jornalista, publicitário e instrutor de tae kwon do, pós-graduado em comunicação e marketing (INP-Lisboa), especialista em pensamento contemporâneo (PUC-PR), mestre em cultura e comunicação (UCP-Lisboa) e doutorando em ciências da comunicação (UNL-Lisboa)