sábado, 26 de março de 2011

Ex-motorista acusa dono da Guincho Truck de agressão e ameaça de morte




Rogério Giessel

rogeriogiessel@hotmail.com

A covarde agressão do proprietário da Guincho Truck Auto Socorro Ltda, concessionária da Companhia de Desenvolvimento e Urbanização de Joinville (Conurb),  Sidney Martins Carlos, popularmente conhecido como Sid,  que espancou com socos e pontapés  no último dia 2,  o repórter fotográfico Paulo Caetano, do jornal A Gazeta de Joinville,  fez  com que outra vitima da truculência se revoltasse e decidisse também denunciar Sidney. 
  
Sidney Martins, o autor das covardes agressões
O motorista Nilton José Bernardo, 39 anos, e que já foi funcionário da Guincho Truck, depois de ler nas páginas da Gazeta sobre a violência sofrida por Caetano, disse que ficou muito perturbado e imediatamente veio a sua memoria um fato ocorrido no dia 3 de julho de 2008. 

De acordo com Nilton, dias antes dessa data, ele trabalhava com um guincho de Sidney. Ao guinchar um veículo em uma blitz, acabou por danificar levemente o para-choque do caminhão guincho. Diante da avaria, Sidney decidiu descontar de seu funcionário o valor de R$ 1 mil, em cinco vezes.  Entretanto, durante uma reunião na sede da Guincho Truck, na rua Santa Maria, 532, no bairro Floresta, Sidney completamente descontrolado começou a xingar Nilton na frente de outros funcionários, e aos berros, disse que por o motorista  ser um “burro e vagabundo”, iria pagar o para-choque de uma única vez.

Nilton conta não concordou com a atitude do patrão e foi expulso da empresa. O motorista saiu e retornou 15 dias depois para receber sua rescisão. Foi nesse momento que o ex-empregado percebeu que o acordo realmente não havia sido cumprido e os R$ 1 mil foram descontados em uma única vez. Nilton protestou e novamente foi expulso aos gritos. Porém, dessa vez, Nilton se negou a sair sem receber o que lhe era devido. Foi nesse momento que Sidney partiu para cima do empregado com socos e pontapés. “Ele chegou a me jogar escada abaixo. Eu estava com o dinheiro da rescisão no bolso e durante a agressão o dinheiro ficou todo espalhado pelo chão.”, contou o motorista.

Desesperado para escapar das agressões de Siney Martins, Nilton tentou correr para o pátio da empresa. “Foi nessa hora que ele botou um revolver em cima de mim. Fiquei com medo e pensei que iria morrer naquele momento. Quando li no jornal sobre essa outra agressão, eu fiquei ruim e também resolvi denunciar. Esse cara não pode ficar impune”, diz revoltado o ex-funcionário da Guincho Truck.  A agressão foi relatada no Boletim de Ocorrência nº 5746, registrado na Delegacia de Polícia da Região Sul (DPSUL) e também consta em um exame de corpo delito feito no Instituto Geral de Perícia (IGP). Nilton também disse que Sidney é agressivo com os outros funcionários da Guincho Truck

Ex-funcionário diz que Guincho Truck não cumpre contrato da Conurb

O ex-funcionário aproveitou para denunciar que existe quebra do contrato firmado com a Conurb. Ele revela que o pátio da Guincho Truck abriga carros de seguradoras, situação que fere o artigo 5º do Regulamento Técnico e Operacional, que diz, “O depósito de veículos apreendidos de que trata esta concessão será utilizado exclusivamente para veículos apreendidos em decorrência de infrações de trânsito”. Ele também diz que os automóveis apreendidos são empilhados, o que contrária o artigo 35 do contrato firmado entre a Conurb e a Guincho Truck.

Entenda o caso

Na manhã do último dia 2, a equipe de reportagem da Gazeta, foi até a empresa concessionária para apurar uma denúncia feita pela dona de casa, Rosemar Vallim, 51 anos, que teve seu veículo danificado pela empresa de Sidney. Após inúmeras tentativas da equipe para ouvir o proprietário da Guincho Truck Auto Socorro Ltda, o fotógrafo Paulo Caetano resolveu fotografar a fachada da empresa, quando inexplicavelmente começou a ser espancado por Sidney Martin. Ensandecido e com uma covardia sem precedentes, Sidney desferiu socos e pontapés no fotógrafo.

O fotógrafo teve escoriações no braço e cabeça, vestes rasgadas e seu equipamento de trabalho quebrado pela ação criminosa de Sidney. Na sequencia, nem mesmo a segurança oferecida por seus funcionários conseguiu manter Sidney no local. Depois das agressões, ele rapidamente entrou em seu carro e fugiu deixando para trás um lamentável episódio contra a liberdade de expressão. Em sua desabalada fuga, Sidney ainda atentou contra a vida do fotógrafo jogando seu carro contra o mesmo.

Comunicado da agressão, o diretor do Departamento de Relações Institucionais da FENAJ, Sergio Murillo de Andrade, condenou a covarde agressão ao fotógrafo, cobrou atenção especial das autoridades policiais quanto a este atentado à liberdade de imprensa e a punição exemplar do agressor. Acionada, a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da OAB Joinville também está apurando o caso.

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