sexta-feira, 22 de outubro de 2010

"a senhora (Dilma) Rousseff não é Lula. Ela não tem os seus extraordinários dons políticos e talvez nem seu pragmatismo inato".

Em edição publicada nesta quinta-feira, a revista britânica "The Economist" afirma que, após passar os últimos oito anos sob uma gestão petista, o Brasil "se beneficiaria de uma mudança no topo", dizendo que o PT dá sinais de "ter ficado muito confortável no poder".

A revista enumera outros motivos pelos quais o eleitor brasileiro deveria optar pelo candidato José Serra (PSDB), no segundo turno da eleição presidencial: "a senhora (Dilma) Rousseff não é Lula. Ela não tem os seus extraordinários dons políticos e talvez nem seu pragmatismo inato".

Também diz que Serra, "embora fraco na campanha, foi um eficiente ministro, prefeito e governador".

Embora afirme em outro texto que uma virada de Serra a esta altura seria equivalente a "dar um cavalo-de-pau num caminhão de dez toneladas". "The Economist" diz que o "Brasil agora tem uma opção".

Segundo a publicação, tanto Dilma quanto Serra podem ser descritos como social-democratas, e "ambos concordam em questões gerais sobre políticas econômicas e sociais". Mas a revista diz que, "nas questões em que eles discordam, Serra é o mais persuasivo".

"Serra também tem os seus defeitos, notadamente uma preocupante tendência em tentar 'microgerenciar' tudo", pondera a "The Economist". Mesmo assim, diz que "seu histórico indica que seria mais ágil em cortar gastos excessivos e eliminar o déficit fiscal", ao passo que Dilma "atacaria essas distorções mais gradualmente, se o fizer".

"The Economist" afirma que houve um "inexorável aumento nos gastos públicos" na gestão Lula e diz que, apesar de suas conquistas na luta contra a pobreza, o presidente "deixa um país onde um em cada dois lares não tem esgoto e os padrões educacionais permanecem deploráveis".

Fonte: A Folha de São Paulo

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